Curiosidades

Mariana – Minas Gerais – Brasil

Mina da Passagem – Mariana – Minas Gerais – Brasil

Curiosidades

Gira em torno da sociedade mineradora uma imensidão de contos e lendas, casos em que a criatividade de pessoas simples deram vida a conjecturas, folclores e histórias que a razão humana ainda se encontra longe de explicar.

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Gira em torno da sociedade mineradora uma imensidão de contos e lendas, casos em que a criatividade de pessoas simples deram vida a conjecturas, folclores e histórias que a razão humana ainda se encontra longe de explicar.

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Lago subterrâneo (área inundada)

“Os Meninos de Couro”

A expressão “Meninos de Couro” era utilizada para identificar as crianças negras (filhos de escravos do séc. XIX) que trabalhavam na mineração manual de ouro, dentro de poços verticais, cavados manualmente. Estes poços também eram conhecidos como “buracos de sarilho” e eram tão estreitos que só permitiam a passagem de um corpo pequeno. Iam à procura da salbanda, espécie de camada intermediária de fraca consistência, escavável à mão e muito rica em ouro, chegando a atingir 200g por tonelada de minério. Levavam consigo, esses pequenos escravos, uma bolsa de couro para o transporte do material. Diz a lenda que muito ouro saiu do Santo Antônio por esse processo e que muitos desses garotos ainda estão no fundo dos poços.

“Os Meninos de Couro”

A expressão “Meninos de Couro” era utilizada para identificar as crianças negras (filhos de escravos do séc. XIX) que trabalhavam na mineração manual de ouro, dentro de poços verticais, cavados manualmente. Estes poços também eram conhecidos como “buracos de sarilho” e eram tão estreitos que só permitiam a passagem de um corpo pequeno. Iam à procura da salbanda, espécie de camada intermediária de fraca consistência, escavável à mão e muito rica em ouro, chegando a atingir 200g por tonelada de minério. Levavam consigo, esses pequenos escravos, uma bolsa de couro para o transporte do material. Diz a lenda que muito ouro saiu do Santo Antônio por esse processo e que muitos desses garotos ainda estão no fundo dos poços.

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Lago subterrâneo (área inundada)

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A lenda do Capitão Jack

            Thomas Treloar era um inglês que capitaneou os trabalhos na Mina da Passagem no sec. XIX (ver história da Mina da Passagem). Diz a lenda que ele nunca se recuperou da morte da esposa Alarina (1867), em cujo funeral foi realizado o ritual religioso conhecido como “Batismo para os Mortos”, próprio da igreja Mórmon. Era comum o capitão cruzar a cavalo o Morro de Santana, onde morava, e chegar pela margem do Ribeirão do Carmo até Passagem de Mariana. Thomas Treloar voltou à Inglaterra em 1871 e morreu em 1880, mas dizem que seu coração ficou em Passagem de Mariana com sua amada esposa. Alguns dos relatos falam sobre um vulto fantasmagórico montado a cavalo que se identifica como capitão Jack para quem o flagra rondando o Cemitério dos Ingleses. Acredita-se ser este o fantasma de Thomas Treloar que, após sua morte, voltava sempre para visitar Alarina e passou a assumir a identidade genérica que aponta para todo e qualquer inglês da Cornualha como o “Primo Jack” ou Cousin Jack, daí  “capitão Jack”. Não se explica na lenda o porquê da fixação física ao local do cemitério, uma vez que ambos já são mortos e, digamos, poderiam se encontrar em planos mais etéreos e espirituais. Entretanto existe a possibilidade do ritual do “Batismo para os Mortos” ter operado tal fixação ao nosso mundo.

Phantasmagoria - Fantástico (TV Globo)

Cemitério dos Negros

É fato que o cemitério onde eram enterrados os ingleses, em Passagem, já foi revolvido por muitos caçadores de tesouros. Acredita-se que membros daquela comunidade eram enterrados com suas joias. Estas violações ocorreram em períodos intermitentes, nos quais o cemitério ficou abandonado. O maior mistério, entretanto, reside no cemitério dos negros, no alto do morro de Santo Antônio, onde outrora floresceu o arraial de São Vicente.

Não há quem duvide do fato de conter aquelas sepulturas rasas, onde eram enterrados os negros, incalculáveis tesouros escondidos. Há pessoas que afirmam que os negros enterravam com seus mortos parte do ouro desviado das catas, na esperança de, ao recuperarem algum dia a liberdade, terem como sobreviver.

Cemitério dos Negros

É fato que o cemitério onde eram enterrados os ingleses, em Passagem, já foi revolvido por muitos caçadores de tesouros. Acredita-se que membros daquela comunidade eram enterrados com suas joias. Estas violações ocorreram em períodos intermitentes, nos quais o cemitério ficou abandonado. O maior mistério, entretanto, reside no cemitério dos negros, no alto do morro de Santo Antônio, onde outrora floresceu o arraial de São Vicente.

Não há quem duvide do fato de conter aquelas sepulturas rasas, onde eram enterrados os negros, incalculáveis tesouros escondidos. Há pessoas que afirmam que os negros enterravam com seus mortos parte do ouro desviado das catas, na esperança de, ao recuperarem algum dia a liberdade, terem como sobreviver.

Origem do nome

Origem do nome

Passagem de Mariana

No período de 1979-80, a companhia Minas da Passagem Turismo Ltda., empresa que explora o roteiro turístico do ouro em de Passagem, publicou em um Informe Turístico entrevista feita com uma anciã do lugar, contando a origem do nome “Passagem de Mariana”. A tradição revela que o nome surgiu devido a uma estreita ponte de cordas existente próxima a um mocambo, onde residia uma senhora de nome Mariana. Apesar da poesia da lenda, a história nega a tradição. Percorrendo a relação dos tributantes da região mineradora, veremos os Impostos de Passagem, cobrados aos usuários das pontes públicas na travessia dos riachos. Uma espécie de pedágio, se falarmos em termos atuais. Esta afirmação não vem abolir a existência de alguma pequena ponte de cordas feita por algum mineiro que queria se ver livre do tributo. Não obstante, a passagem existente entre margens opostas do ribeirão do Carmo tivesse sido construída pelos poderes públicos com a finalidade de favorecer o trânsito entre as duas grandes vilas mineradoras.